Ia atravessando a rua, olhos de sono, quando o cara na cadeira de rodas grita 'me ajudem!'. A minha insensibilidade me esbofeteia a cara e aperta meu estômago. Volto o trecho andado e pergunto:
- Quer atravessar?
Ele e o entregador de panfletos riem: não.
Retomo o caminho interrompido e ele grita outra vez:
- Cinquenta centavos, dez, qualquer coisa. Me ajudem por favor!
Ah... demoro eu.
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