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20.8.12

Re-conhecidos

Ia distraída atrás de minhas pernas, respirando o fim de tarde, quando o coração dá um aviso e me manda mudar de rumo, virar o vento. Obedeço. Serendipidade: na encruzilha do caminho, debaixo da árvore bonita, encontro novo velho parente de alma.

Um vento amigo que nasceu minuano mas já há algum tempo está tirando uma de siroco. Mas que também pode ser qualquer outro, inquieto e andarilho.

Saudamos a noite com nosso encontro, vi nascer a primeira estrela e fiquei mais forte. Dividimos memórias e fantasias, ponderamos sobre o tudo.

Ele falou coisas simples e verdadeiras, aquelas que muitos esquecem fácil no meio de tanto desajustamento e que outros não acreditam mas quem sabe descobrirão, pérolas no deserto. Que é bom viver. E mais, como é diferente Ser quando se sabe como é bom viver.

Sussurando segredos de cachoeiras me lavou a alma e quarou minhas vontades. Contou das pessoas conhecidas em andanças e dos jardins que existem além. Das pedras-plantas-sonhos e do filme da vida. Da da presença compartilhada, da importância de não deixar pra depois, da beleza dos encontros e da alegria do reconhecer o que somos: grande família.

Ri cristalino, espalhando folhas e sementes. Dali brotam coisas, lugares, sabores e sensações novas. Botões de flores e sóis roxos.

- É tudo nosso, fala sentindo.

E, sorrindo, eu também sei.

Imaginagem: internet.com

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