Escorrendo memórias filamentosas de longas raízes-umbigo desde o chão daqui até esplanada além, vazando pra fora do plano.
Água viva inundando tudo. Hoje de mar e cascata, estrelas e pedras-corais.
Do passado, lágrimas derramadas voltaram até antes de brotar e transmutaram em outra substância, caudalosa, quente e murmurante, adubando o que virá.
O chão sob o pé direito bambeia e corre pro centro em diagonal vertiginosa, o esquerdo gira em espiral sem fim. É agora: vomito ou voo. No lugar em que eu era aguardada, os dados escapam de suas mãos e rolam na sarjeta. Não chego, mas a sorte está do meu lado.
Na hora que acaba é quando explodem os fogos.
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