Betoven volta e meia traz revistas cuidadosamente selecionadas com exatamente o que eu preciso perceber.
Algumas vezes Ísquilo se fez de entregador. Com o tempo, gostou da brincadeira e agora também recorta sua própria seleção de periódicos, sempre rabiscados de figuras e letras desenhadas.
Aula de recepção das coisas que não se vê.
Aula de recepção das coisas que não se vê.
Nessa tarde, acomodados no jardim da Lebre de Março, Betoven insiste pra que eu fique com o livro que ele anda lendo, uma viagem fantástica. Não aceito, onde já se viu tirar história no meio do acontecido da mão de leitor? Haja karma, sai de mim. Digo que quando ele terminar e me desculpo adicionando um cordel sobre o lendário Pedro Malazarte na conversação.
Então Betoven, com ares de conspiração, reparte um segredo e revela sua função oculta: era ele o cara incumbido de perguntar, quer participar do clube do livro?
Só isso.
Só isso.
Assim, simples.
Fico surpresa por ficar surpresa.
Desde então faço parte oficialmente filiada.
Fico surpresa por ficar surpresa.
Desde então faço parte oficialmente filiada.
E a alegria dos muitos multiplica com todos os outros que ainda estão por chegar.
(Depois, livro e cordel foram encontrar outros olhos e nem lembrei de perguntar o final. Mas sei que um dia reaparecem, se for o caso.)
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