Que nada nos defina
Que a liberdade seja
Nossa própria substância'
(Simone de Beauvoir)
Fui escolhida por essa frase já logo na chegada, sorteio dos cartazes.
Muita gente não entende(u), mas sempre foi assim, desde que o mundo é mundo. Por isso o importante de assumir que as coisas estão erradas e mesmo assim continuar acreditando, nunca desistir de curar essa sociedade doente. Ainda que sendo minoria.
E, mesmo que eu não acredite na eficácia do método da marcha, reconheço que talvez seja uma semente.
É que sei que o buraco é mais embaixo e a ferida muito mais profunda e gangrenada: as mulheres se odeiam e não é de hoje. Reforçamos desapercebidas (ou nem tão sonsamente assim) os pedaços em que o patriarcalismo nos dividiu. Quebradas e cegas, bem longe da mulher integral e equilibrada, natural.
O caminho é pra dentro, com olhos lavados de preconceitos e dose extra de coragem. O começo é em si mesma, num processo sério de conscientização individual. Enxergar-se. Saber-se. Depois, ajudar a parir a consciência umas das outras, juntas.
É simples mas não é fácil.
O caminho é pra dentro, com olhos lavados de preconceitos e dose extra de coragem. O começo é em si mesma, num processo sério de conscientização individual. Enxergar-se. Saber-se. Depois, ajudar a parir a consciência umas das outras, juntas.
É simples mas não é fácil.
Acordar. E então não será preciso luta pra se poder Ser.
A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer.